segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tempo Passado 60

(a)cerca

Fevereiro de 2008

4 comentários:

Alexandra disse...

Desculpa MAria. Vou deixar-te algo longo mas que me lembrei qd vi esta fotografia.

" A verdade, como o silêncio existe apenas onde não estou. O silêncio existe por trás das palavras que se animam no meu interior, que se combatem,se destroem e que, nessa luta, abrem rasgões de sangue dentro de mim. Quando penso, o silêncio existe fora daquilo que penso. quando páro de pensar e me fixo, por exemplo, nas ruínas de uma casa, há vento que agita as pedras abandonadas desse lugar, há vento que trás sons distantes e, então, o silêncio existe nos meus pensamentos. Intocado e intocável. Quando volto aos meus pensamentos, o silêncio regressa a essa casa morta. É também aí, nessa ausência de mim, que existe a verdade."
Peixoto, José Luís; Cemitério de Pianos, pp123.

ps: Fez parte de um blog meu de Setembro.

Beijinho(S) Grande(S) e... continua SEMPRE!!

pront'habitar disse...

quando em miúdo ia nas férias grandes "à terra" e pelos campos brincava com o meu irmão, deparava por vezes com casas assim. por vezes eram casitas mais pequenas que tinham servido só para guardar utensílios de lavoura, e que estavam já em ruínas. aquelas pedras e um certo ar de mistério que, achava eu, as envolvia, faziam-me sentir um fascínio enorme,
é uma das coisas que recordo muito bem da minha infância.
ainda hoje, quando de carro, em alguma estrada, avisto ao longe estas casas sinto o mesmo e uma grande, grande saudade.

Maria P. disse...

Alexandra,
já algum tempo que li esse livro, foi um prazer receber aqui estas palavras.
Escreve sempre o que te apetecer.

Beijinho(S)

Maria P. disse...

Pront'habitar,
é bom saber que os nossos olhares tocam as memórias dos outros.
Obrigada.

Um abraço*